Quando o sagrado é ultrajado e a omissão se torna cúmplice do erro

Ministra Anglicana na Procissão de Entrada da Missa de Instalação da Arquidiocese em 9/02/2025 | Crédito: Captura de Tela do YouTube da Arquidiocese de Chapecó–SC.

A recente criação da Arquidiocese de Chapecó deveria ser um momento de alegria e fortalecimento da fé católica. No entanto, uma cena chocante maculou a solenidade: uma ministra anglicana participou da Santa Missa, concelebrou e comungou, sob os olhares silenciosos de sete bispos e cerca de oitenta sacerdotes. Um fato grave, que evidencia o avanço de um relativismo que confunde os fiéis e desrespeita o próprio Cristo na Eucaristia.

A resposta oficial e a omissão disfarçada

Diante da repercussão do escândalo, a Arquidiocese de Chapecó emitiu uma nota oficial. O Arcebispo Dom Odelir José Magri informou que o caso foi reportado à Nunciatura Apostólica no Brasil e reafirmou seu compromisso com a ortodoxia doutrinal e litúrgica. Até aqui, uma resposta que transmite a aparência de seriedade e zelo. 

No entanto, um detalhe na declaração salta aos olhos: o prelado classificou o fato como um “incidente isolado de inadvertida violação das normas litúrgicas”.

Mas é possível crer que um erro dessa magnitude tenha sido apenas “inadvertido”? Sete bispos e oitenta sacerdotes estavam presentes e, em nenhum momento, alguém interveio para evitar tal profanação? 

O Código de Direito Canônico é cristalino: é proibido aos sacerdotes católicos concelebrar com ministros de comunidades não católicas (cânon 908). Além disso, apenas fiéis católicos podem receber os sacramentos da Igreja (cânon 844). A ministra anglicana não se autoconvidou para comungar: houve, no mínimo, permissividade, quando não conivência.

A desfiguração da Missa e a confusão dos fiéis

Os frutos desse relativismo são amargos. Quantos católicos presentes, especialmente os mais jovens e os de formação mais frágil, saíram dessa Missa acreditando que não há diferença entre a Igreja fundada por Cristo e as inúmeras comunidades dissidentes? 

Quantos olharam para os bispos e sacerdotes ali presentes e pensaram: “Se eles não dizem nada, então está tudo bem”?

E é assim que se avolumam os escândalos, as profanações e os sacrílegos. O que é gravíssimo para a salvação das almas. Pois não se trata apenas de um erro disciplinar ou de um deslize protocolar, mas de uma ofensa direta ao Cristo Eucarístico.

O que faria Padre Pio?

Imaginem por um momento se algo assim ocorresse em San Giovanni Rotondo, diante de Padre Pio. O santo capuchinho, que chorava ao ver uma comunhão recebida sem a devida disposição, suportaria um sacrilégio desses sem erguer a voz? 

Diante de tantas ofensas ao Sagrado, quantos sacerdotes hoje possuem o zelo ardente e a coragem de um verdadeiro pastor?

Padre Pio compreendia profundamente a realidade da Santa Missa. Ele vivia cada celebração com a dor e o amor do próprio Cristo no Calvário. E sua santa indignação contra o relaxamento e as irreverências litúrgicas é um exemplo que deveria ser seguido. Mas hoje, quantos preferem o silêncio cômodo à coragem da verdade?

O que nos resta fazer?

Diante desse cenário, nós, fiéis católicos, não podemos permanecer indiferentes. É necessário rezar pelos sacerdotes, para que tenham a fortaleza de defender a integridade da fé. É necessário denunciar os abusos, pois a omissão também é uma forma de cumplicidade. 

Sobretudo, é necessário pedir a Deus e a Nossa Senhora que levantem santos e corajosos defensores da Igreja, como outrora fez com tantos mártires e confessores da fé.

E você? Já encontrou padres que realmente zelam pela liturgia? Já presenciou abusos semelhantes? Deixe seu comentário e compartilhe este artigo para que mais católicos se conscientizem sobre a gravidade dessa situação.

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Clique aqui e acender uma vela na Capelinha do Padre Pio em reparação por essa profanação.

 

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