Ordenações sacerdotais na Coreia do Sul mostram um contraste marcante com o declínio vocacional no Ocidente.

A arquidiocese de Seul, na Coreia do Sul, acaba de alcançar um marco histórico: a ordenação de seu milésimo sacerdote, um número que impressiona e convida à reflexão.
No último dia 7, 26 novos padres receberam o sacramento da ordem, elevando para mil o total de sacerdotes dessa arquidiocese, 194 anos após sua fundação.
O arcebispo de Seul, dom Peter Chung Soon-taick, presidiu a cerimônia e exortou os novos sacerdotes a viverem sua missão “com amor verdadeiro e alegria constante”.
Durante a homilia, reforçou que a vocação sacerdotal não é um privilégio, mas um chamado ao serviço: “Lembrem-se de que vocês foram escolhidos e designados entre os homens para fazer a obra de Deus”.
Um fenômeno que merece análise
Enquanto na Europa e nas Américas a crise vocacional se alastra, a Coreia do Sul demonstra um vigor inesperado. Por que essa disparidade? O que há de especial na fé desse povo que gera tantas vocações?
Duas possíveis explicações saltam aos olhos: a fé vivida com fervor e a perseguição. A Igreja Católica na Coreia nasceu do sangue dos mártires. Santo André Kim Tae-Gon, primeiro sacerdote coreano, foi decapitado por se recusar a renunciar à fé. O cristianismo nesse país nunca foi uma questão de conveniência, mas de convicção.
No Ocidente, por outro lado, observa-se um fenômeno de comodismo e secularização. O relativismo e a tibieza espiritual minam as vocações, transformando a Igreja em muitos lugares em uma instituição burocrática, ou ONG assistencial, quando deveria ser um exército militante.
O contraste com a decadência do Ocidente
O crescimento das vocações na Ásia revela o que acontece quando a fé não se dilui em concessões ao espírito do mundo. A Igreja coreana resiste ao progressismo e mantém um zelo que se perdeu em tantas partes do Ocidente. O que falta para reverter essa decadência?
É necessário, antes de tudo, uma reforma de mentalidade. Retomar a pregação da cruz, da penitência e da radicalidade evangélica. O sacerdócio não pode ser reduzido a um cargo administrativo, mas deve ser entendido como um chamado ao sacrifício, à renúncia e à missão.
Um sacerdote surdo: um chamado à inclusão verdadeira
Entre os ordenados, um caso chamou especial atenção: o do padre Kim Dong-jun, o segundo sacerdote surdo da Coreia. Sua missão, segundo ele próprio, será servir a cultura surda “à maneira de Jesus Cristo, com sensibilidade e cordialidade para com os fracos”.
Aqui há um exemplo de como a Igreja, quando fiel à sua missão, não precisa seguir modismos para ser verdadeiramente inclusiva. Não se trata de ideologias que relativizam a fé, mas de um serviço real às almas, conduzindo-as a Cristo.
A Igreja Coreana nos ensina:
Que onde há fé verdadeira, há vocações. Onde há coerência, há frutos. O Ocidente só reverterá sua crise sacerdotal se abandonar os erros do laxismo e retornar à disciplina, à doutrina e ao espírito de sacrifício.
Não é coincidência que Padre Pio tenha sempre insistido na necessidade de sacerdotes santos. Ele mesmo foi um exemplo vivo de entrega total a Deus, enfrentando perseguições externas e internas. Sua vida foi um testemunho de que o sacerdote não existe para ser aceito pelo mundo, mas para conduzir almas ao Céu.
Seul alcançou a era dos mil sacerdotes. E nós? O que estamos fazendo para que essa realidade se repita em nossas paróquias?
A Igreja precisa de sacerdotes santos. Você pode ajudar! Apoie as vocações, reze por elas e incentive jovens a ouvirem o chamado de Deus. Nossa Senhora, Rainha do Clero, nos ajude a formar novos padres que sejam verdadeiros pastores, dispostos a dar a vida por suas ovelhas.
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Que coisa abençoada sacerdote especiais para trabalhar com deficiência auditiva realmente Deus é perfeito em suas escolhas.