Ataques contra igrejas se multiplicam, mas a resposta de muitos sacerdotes e autoridades eclesiásticas é fechar templos em vez de defendê-los
A recente invasão da Catedral de Santo Antônio, em Salgueiro (PE), em janeiro, não é um caso isolado. Ao contrário, faz parte de uma epidemia de profanações que vem se espalhando pelo Brasil, atingindo igrejas, capelas e imagens sagradas.
São crimes cometidos com uma frequência assustadora, deixando claro que há um movimento sistemático de afronta à fé católica.
Diante desse cenário, a reação esperada das autoridades seria a de reforçar a segurança dos templos, incentivar a vigilância e exigir providências enérgicas do poder público.
No entanto, o que vemos em muitos casos é exatamente o oposto: igrejas sendo fechadas e sacerdotes assumindo uma postura de resignação, quase como se aceitassem esses ataques como algo inevitável.
A epidemia de profanações e a resposta covarde de muitos
Se os criminosos agem com audácia, é porque sabem que há um ambiente favorável para suas ações. Quando veem que igrejas são saqueadas e que a resposta das autoridades eclesiásticas é simplesmente fechar as portas, sentem-se encorajados a continuar. Afinal, não encontram resistência.
Ao invés de exigirem das autoridades civis a proteção de templos e fiéis, alguns sacerdotes preferem um caminho mais fácil: trancar as igrejas e reduzir o acesso dos fiéis ao culto público. A desculpa? Evitar novos ataques. Mas desde quando a Igreja enfrentou perseguições e hostilidades com rendição?
Nos tempos de perseguição romana, os primeiros cristãos arriscavam a vida para assistir à Santa Missa nas catacumbas. Em séculos posteriores, missionários enfrentaram os mais brutais tormentos para levar o Evangelho a terras pagãs.
Mas hoje, em pleno século XXI, bastam algumas invasões criminosas para que certas lideranças optem por encerrar atividades e ceder o espaço sagrado ao inimigo.
Fechar igrejas é render-se ao inimigo
A decisão de manter as igrejas abertas, mesmo sob risco, é um testemunho de fé. O fechamento, por outro lado, não só penaliza os fiéis, mas também transmite um recado preocupante: o de que a Igreja está disposta a recuar diante da ameaça, em vez de enfrentá-la com coragem.
Padre Pio, que viveu em tempos difíceis, sempre manteve as portas de sua igreja abertas para os penitentes que buscavam os sacramentos. Ele compreendia que o verdadeiro perigo não era o ladrão que entrava para roubar objetos sagrados, mas sim o espírito de tibieza e rendição que ameaça paralisar a fé dos católicos.
Ora, o que impede um sacerdote de organizar uma vigília de oração, convocar os fiéis a um ato de reparação e providenciar medidas concretas de segurança, como melhor iluminação, vigilância e apoio comunitário? O que justifica a omissão diante da escalada de ataques ao sagrado?
Uma Igreja sem resistência convida a novos ataques
Os inimigos da fé nunca foram detidos pela passividade. Quando percebem que não há resistência, avançam com mais ousadia.
Fechar igrejas não resolve o problema, apenas desloca o alvo. Hoje é a catedral, amanhã serão as pequenas capelas, depois as casas religiosas e, por fim, o próprio culto público será questionado.
Se os ataques às igrejas crescem, a culpa não é apenas dos criminosos que os cometem, mas também da leniência de certas autoridades religiosas que, ao invés de reagirem com firmeza, adotam uma postura derrotista.
A verdadeira solução passa pela ação concreta: segurança reforçada, mobilização dos fiéis e cobrança enérgica das autoridades públicas. Mas, acima de tudo, passa pelo retorno a uma fé vibrante, que não cede ao medo nem ao conformismo.
A pergunta que fica é: qual será nossa resposta? Vamos aceitar calados o fechamento das igrejas ou exigiremos que elas permaneçam abertas, protegidas e fortalecidas pela fé daqueles que realmente amam a Deus?
Oremos para que nossas autoridades religiosas e fiéis enfrentem com firmeza os ataques de nossos inimigos.