O frade que recebia milhares de cartas, mas jamais podia ler uma linha sequer. Por que temiam tanto suas palavras e sua influência espiritual?
Um muro entre o santo e os sofredores
As prisões têm um regime cruel de censura sobre a correspondência dos detentos. Cartas são abertas, lidas e, muitas vezes, retidas.
Entretanto, essa mesma sorte foi infligida a um homem que nunca cometeu crime algum, a não ser o de ser santo.
Padre Pio de Pietrelcina, o frade estigmatizado, era visto como um perigo a ponto de nem sequer poder tocar nas cartas que lhe eram enviadas por almas aflitas, que nele buscavam consolo.
Diariamente, chegavam dezenas, talvez centenas de cartas, escritas por pessoas em desespero, enfermos, pobres, almas angustiadas que viam naquele humilde frade um canal de esperança.
Mas essas cartas eram abertas e lidas por seus superiores. Aquele que tinha recebido os estigmas de Cristo não tinha sequer o direito de ler uma carta endereçada a ele.
Quantos dramas foram narrados nessas cartas?
Quantas dores foram ali vertidas?
E quantos desses corações destroçados jamais puderam receber sequer uma palavra de retorno, pois a censura impiedosa bloqueava o canal de comunicação entre um santo e aqueles que sofriam?
A perseguição não cessava
Engana-se quem pensa que as provas do Padre Pio terminavam nesse bloqueio desumano. Seus inimigos não descansavam. Com as armas da calúnia e da intriga, enviavam cartas anônimas aos superiores do frade e ao Santo Ofício, imputando-lhe crimes imaginários.
Acusavam-no de desobedecer ao voto de pobreza, sugerindo que ele se apropriava das ofertas que recebia dos penitentes. Acusavam-no também de transgredir o voto de castidade, dizendo que recebia visitas de mulheres durante a noite.
Tais infâmias, espalhadas com astúcia e malícia, eram tão grosseiras e absurdas que qualquer pessoa sensata poderia perceber o veneno que as impregnava.
Mas o objetivo dos caluniadores não era apenas manchar a reputação de Padre Pio. Eles queriam algo mais profundo: destruí-lo espiritualmente, isolá-lo, mergulhá-lo em uma sombra de suspeição e abandono.
O silêncio que clama ao céu
Diante dessa injustiça, qual foi a reação do Padre Pio? Poderia ele tentar se defender, refutar as acusações, exigir que a verdade prevalecesse? Sim, ele poderia. Mas escolheu o caminho do silêncio e da oração.
Sua resposta não veio em palavras, mas em sofrimento oferecido a Deus. Ele aceitou a dor da calúnia, confiando que, ao final, a verdade triunfaria.
Quantos teriam essa mesma coragem? Quantos aceitariam a cruz da perseguição injusta sem cair em revolta ou desespero? A via que Padre Pio escolheu não era de passividade, mas de heroísmo sobrenatural.
Como Nosso Senhor diante de Pilatos, como os mártires cristãos diante de seus algozes, o frade estigmatizado compreendia que sua dor era um holocausto em favor da Igreja e das almas que lhe eram confiadas.
Aplicando essa história à nossa vida
A perseguição contra Padre Pio nos ensina uma verdade atemporal: os santos sempre serão odiados pelos inimigos de Deus. A santidade incomoda, provoca, abala o status quo.
Os caluniadores de ontem são os mesmos de hoje, e não descansarão enquanto houver um filho fiel a Cristo que se recusa a compactuar com os erros do mundo.
Quantas vezes também nós somos alvo de injustiças? Quantas vezes enfrentamos a calúnia, a incompreensão, o ostracismo por defender a verdade? Quando isso acontece, lembramos da postura de Padre Pio? Oferecemos nossas dores a Deus, como ele fez, ou buscamos apenas nossa justificação diante dos homens?
Essa história nos chama a uma vida mais profunda de oração e fortaleza. Não devemos nos iludir: aqueles que querem ser fiéis a Cristo serão provados. Mas a vitória pertence àqueles que perseveram.
Sou realmente apaixonada pela história e pelo santo padre Pio e pelo santo Papa . Ganhei um quadro do Papa João Paulo agora vou atrás do santo Padre Pio.
Sinto familiaridade com ambos,sinto amor fraternal.