Nova lei escocesa levanta um alerta preocupante: até mesmo a oração no lar pode ser considerada ilegal.

A cada dia que passa, o mundo ocidental parece mergulhar mais fundo em um abismo de contradições. 

A Escócia, berço de mártires e de uma tradição cristã outrora vibrante, agora se vê no epicentro de um escândalo que desafia não apenas a liberdade de expressão, mas o próprio direito de se dirigir a Deus em oração. 

A recente declaração de uma parlamentar escocesa confirmou um temor que parecia absurdo demais para ser real: em certas condições, rezar dentro de casa pode ser considerado crime.

A perseguição velada, mas real

O debate veio à tona após declarações do vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, durante a Conferência de Segurança de Munique. Ele denunciou que a Escócia, por meio de sua nova lei de “zonas de acesso seguro”, não apenas proíbe manifestações religiosas próximas a clínicas de aborto, mas pode até penalizar quem reza dentro de casa, caso sua oração seja percebida do lado de fora.

As críticas foram inicialmente descartadas como exageradas por defensores da legislação. Contudo, Gillian Mackay, parlamentar escocesa e uma das principais articuladoras da lei, acabou confirmando a possibilidade de que certas formas de oração privada poderiam ser interpretadas como infração. 

Em uma entrevista à BBC, ao tentar desmentir a acusação, a deputada admitiu, ainda que de forma hesitante, que a aplicação da lei dependeria de “quem passa pela janela” e da percepção de quem a testemunha.

Ou seja, a verdade se impõe: rezar, mesmo no recolhimento do lar, pode ser enquadrado como violação se algum transeunte se sentir incomodado ou se a oração for visível ou audível da rua.

O paradoxo da “tolerância” moderna

O Ocidente, que há séculos se orgulha de sua defesa das liberdades civis, agora cria uma categoria bizarra de crimes baseados não em ações objetivas, mas na subjetividade de quem se ofende

Vivemos em tempos onde insultos e ataques diretos contra a fé cristã são considerados liberdade de expressão, mas o simples ato de rezar pode ser classificado como delito se interpretado como “coercitivo” ou “performativo”.

Não há mais um limite claro entre a esfera pública e a privada. Se uma oração dita em casa pode ser criminalizada, o que impede que a própria fé cristã seja oficialmente censurada? 

A perseguição não precisa mais das fogueiras da Inquisição Revolucionária: basta um conjunto de leis vagas e uma cultura que vê na oração um ato de afronta.

O que Padre Pio diria?

Não é difícil imaginar a reação do santo capuchinho de Pietrelcina diante desse cenário. Padre Pio, que enfrentou injustiças e perseguições mesmo dentro da própria Igreja, jamais se calou diante daquilo que ofendia a Deus. 

A oração era sua grande arma, seu escudo contra as investidas do maligno. Em sua cela, em sua igreja, em qualquer lugar, ele nunca deixou de rezar – mesmo quando proibido.

Se hoje há quem considere o simples ato de rezar um perigo social, como devemos responder? Com temor ou com redobrada devoção? 

Padre Pio nos dá a resposta: a oração é um dever e um direito dado por Deus, acima de qualquer legislação humana.

Uma ameaça que pode se espalhar

Se tal absurdo acontece na Escócia, há de se perguntar: quanto tempo levará para que propostas semelhantes cheguem a outros países? 

Muitos acreditam que leis como essa jamais seriam possíveis em nações de tradição cristã. 

Mas a experiência recente mostra o contrário: a imposição de restrições arbitrárias às igrejas durante a pandemia, a perseguição a grupos pró-vida e a crescente hostilidade contra valores religiosos são sinais de um processo acelerado de erosão das liberdades fundamentais.

A imposição do silêncio aos cristãos é uma estratégia bem calculada. Primeiro, proíbe-se a manifestação pública. Depois, restringe-se a possibilidade de oração em áreas de acesso comum. Por fim, até o lar deixa de ser um santuário, tornando-se um espaço vigiado pelo Estado.

O que fazer diante dessa realidade?

O primeiro passo é a conscientização. É preciso que os cristãos se informem, debatam e denunciem esse tipo de abuso. O silêncio e a passividade apenas alimentam a tirania dos que querem banir Deus do espaço público.

O segundo passo é a ação. Não basta apenas indignar-se – é necessário reforçar a oração, aprofundar-se na fé e apoiar aqueles que defendem os direitos fundamentais dos cristãos. 

A perseguição, quando não contestada, avança. Mas, quando enfrentada com coragem e determinação, pode ser derrotada.

Um apelo ao leitor

Se este cenário o preocupa, saiba que há algo que pode ser feito. A Regina Fidei se mantém vigilante na defesa da fé e da liberdade dos cristãos. 

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Rezar jamais poderá ser crime, pois é um direito que vem de Deus e não de parlamentos. Não permitamos que nos roubem aquilo que nos une ao Céu.

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Respostas de 2

  1. A perseguição feita por pagãos satânicos NÃO passará!
    O Pai não abandonará quem n’ Ele tem fé!
    Redobremos a oração e a vigilância.
    Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Ámen!

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