O rigor de um santo e a humildade de quem deseja verdadeiramente seguir a Deus.
A lição da obediência
Poucos compreendem, nos dias de hoje, o valor da obediência. Vivemos em uma era em que a autonomia pessoal se sobrepõe à submissão às regras e à hierarquia, mesmo quando estas foram estabelecidas para a glória de Deus.
Contudo, o rigor da obediência é uma das pedras angulares da vida religiosa e cristã. Padre Pio, com sua lucidez sobrenatural, compreendia isso como poucos.
A Irmã Pura Pagani aprendeu essa verdade de maneira inesquecível. Sentindo-se indisposta, decidiu viajar para San Giovanni Rotondo a fim de visitar o Padre Pio, sem, no entanto, comunicar a madre provincial.
Temia que, ao pedir permissão, esta lhe fosse negada. Então, escondendo seu plano sob a justificativa de uma piedosa visita, partiu com uma companheira.
Ao chegar ao convento dos capuchinhos, conseguiu aproximar-se do confessionário do santo. Contudo, em vez do acolhimento habitual, ouviu uma ordem severa: “Vai embora! Vai embora!”.
Imagine-se na pele dessa religiosa: uma mulher acostumada a receber benevolência, de repente, sendo rejeitada de maneira pública e direta. O golpe foi doloroso. Mas não era gratuito.
Depois de algum tempo, o santo voltou a chamá-la. Três vezes insistiu para que ela se aproximasse. Finalmente, ao chegar junto dele, ouviu palavras de consolo: “Você vai melhorar, vai melhorar”.
E então veio a explicação: “Mas da próxima vez, venha com a permissão de seus superiores.”
Padre Pio, com o dom de ler as consciências, enxergou o erro da religiosa. Ele não rejeitava sua presença, mas censurava sua desobediência.
A mensagem era clara: sem obediência, não há verdadeira vida religiosa. E essa lição se estende a todos nós. Quantas vezes escolhemos o caminho mais cômodo, ignorando a vontade de Deus ou da Igreja, apenas porque tememos que nos seja imposto um “não”?
A lição da reverência
Noutra ocasião, Irmã Pura teve o privilégio de comungar das mãos de Padre Pio durante a Santa Missa. Sabedora dos estigmas que ele carregava, tentou observar suas chagas, deixando-se levar pela curiosidade.
Mas o santo lhe dirigiu uma breve e cortante admoestação: “Pense no que você está fazendo.”
Que advertência impressionante! Enquanto sua alma deveria estar absorta no augusto mistério da Sagrada Comunhão, ela desviava sua atenção para um detalhe que, embora notável, era secundário diante do Corpo e Sangue de Nosso Senhor.
Aqui se esconde outra lição essencial: a reverência e o temor de Deus devem estar acima de qualquer curiosidade humana.
Quantos, nos dias atuais, não fazem o mesmo? Quantas pessoas frequentam a Santa Missa, mas não estão verdadeiramente atentas? Quantos recebem a Eucaristia sem plena consciência do que estão fazendo, distraídos por pensamentos vãos ou por aspectos secundários da cerimônia?
Padre Pio ensina que diante de Deus e dos mistérios divinos, a alma deve estar absolutamente recolhida. Nada, nem mesmo um fato extraordinário como os estigmas, pode tomar o lugar da adoração devida ao Santíssimo Sacramento.
Como aplicar essas lições?
As duas reprimendas de Padre Pio nos trazem princípios fundamentais para uma vida autêntica na fé:
- Obediência à autoridade legítima: seja no âmbito religioso ou na vida cotidiana, a obediência às regras estabelecidas por Deus e pela Igreja não é opressão, mas um caminho seguro para a virtude.
- Reverência aos mistérios divinos: na Santa Missa, na oração e na vida espiritual, deve-se buscar concentração e temor de Deus, evitando distrações e curiosidades desnecessárias.
- Confiança na severidade dos santos: muitas vezes, os santos corrigem de maneira dura, mas não para humilhar, e sim para conduzir à santidade. Suas palavras são punhais que cortam a vaidade e a superficialidade, levando-nos ao essencial.
Se essas palavras tocaram seu coração, é porque Padre Pio quer que você aprofunde sua fé! Não ignore este chamado.
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