Uma revolta que dividiu a Cristandade e semeou confusão por séculos

O mundo moderno assiste a uma reinterpretação da história que busca retratar Martinho Lutero como um reformador heroico, visionário e, em alguns casos, até mesmo santo. Mas essa visão, promovida por um falso ecumenismo e por um relativismo doutrinário crescente, ignora o estrago inegável que sua rebelião causou na Cristandade. 

Lutero não foi um restaurador da fé, mas sim um homem atormentado cujas ideias abriram caminho para a destruição da unidade católica, a negação da Tradição e o relativismo que tanto corrói a sociedade atual.

O falso ecumenismo e a reabilitação de um herege

Nos últimos anos, certos setores da Igreja têm promovido uma surpreendente reabilitação de Lutero. Seu nome é celebrado em eventos ecumênicos, e até mesmo a Santa Sé, em alguns momentos, se mostrou condescendente com esse movimento. 

Mas como se pode louvar um homem que atacou a própria espinha dorsal da Igreja fundada por Cristo? Lutero não apenas rompeu com Roma, mas o fez de maneira virulenta, chamando-a de “prostituta do Apocalipse” e tachando o Papa de “anticristo“.

A liberdade que ele pregava não trouxe unidade, mas uma proliferação incontrolável de seitas, cada uma reivindicando para si a autêntica interpretação da Escritura. 

Em lugar de restaurar a fé cristã, Lutero plantou as sementes da fragmentação doutrinária, preparando o caminho para o subjetivismo teológico e o secularismo que, hoje, contaminam o mundo.

Lutero e a fuga da disciplina

Ao ingressar na Ordem dos Agostinianos, Lutero deveria ter aprendido a humildade e a obediência, duas virtudes essenciais para qualquer religioso. No entanto, sua alma inquieta jamais aceitou plenamente a disciplina monástica. Ele se atormentava com seus próprios pecados, mas, ao invés de buscar a verdadeira penitência, concebeu uma doutrina que lhe permitia fugir de suas obrigações espirituais.

Seu entendimento equivocado da graça divina levou-o a rejeitar a necessidade das boas obras para a salvação. Assim, negou a cooperação do homem com Deus, transformando a fé num ato puramente passivo. 

Isso serviu não apenas para justificar sua própria revolta, mas também para abrir um precedente perigoso: se cada indivíduo pode interpretar a fé como lhe convém, a verdade se dissolve em opiniões subjetivas.

As 95 teses e a destruição da unidade cristã

Afixadas na porta da Catedral de Wittenberg em 1517, as 95 teses de Lutero simbolizaram a rebelião definitiva contra a autoridade da Igreja. Embora seus primeiros ataques tenham sido contra a venda de indulgências, logo ficou claro que seu objetivo era muito maior: subverter a ordem estabelecida por Cristo e rejeitar a própria instituição da Igreja.

Com o apoio de príncipes interessados em se livrar da influência de Roma, Lutero tornou-se o líder de um movimento que não só desafiou a Igreja, mas promoveu a violência e a destruição. 

Seu apoio aos camponeses revoltosos da Alemanha, que massacraram religiosos e destruíram igrejas, mostra que sua “reforma” era, na verdade, uma revolução contra a própria Civilização Cristã.

A corrupção da Escritura e os frutos da heresia

Para sustentar suas novas doutrinas, Lutero alterou a própria Palavra de Deus. Ele retirou livros do Antigo Testamento e modificou versículos-chave para que se adequassem à sua teologia. Um dos exemplos mais gritantes é Romanos 3,28, onde ele acrescentou a palavra “somente” para apoiar sua doutrina da justificação pela fé apenas.

Com isso, abriu um precedente para a fragmentação doutrinária que marca o protestantismo até hoje. Cada nova seita interpreta a Escritura a seu bel-prazer, rejeitando a autoridade da Tradição e a sucessão apostólica. 

Esse relativismo teológico preparou o terreno para o racionalismo, o liberalismo religioso e, por fim, para a apostasia generalizada.

O perigo da omissão e o chamado à militância

A tragédia do protestantismo não está apenas na sua origem, mas também na covardia daqueles que deveriam combatê-lo e não o fizeram. Nos dias atuais, esse perigo assume novas formas. O ecumenismo relativista abre espaço para concessões doutrinárias inaceitáveis, enfraquecendo a identidade católica e permitindo que heresias se infiltrem no coração da Igreja.

Diante disso, é dever de cada fiel se armar com a verdade e se preparar para defender a Santa Igreja.

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Uma resposta

  1. Há um erro ao apontar Lutero como apoiador da revolta dos camponeses. Seguiram a Thomas Munzer. Lutero se colocou ao lado dos príncipes e apoio o massacre dos camponeses.

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